domingo, 6 de outubro de 2013

JAPAMALA


                                                   Imagem: http://yogazen.com.br
 
(Japa=repetição - Mala=cordão ou colar) "Japa" é uma palavra em sânscrito que vem da raiz verbal "jap", que significa "murmurar, sussurrar". "Japa" é a prática feita pelos yogis na repetição em tom de murmúrio de mantras, de passagens das escrituras, ou do nome de uma divindade.

                   A repetição destes mantras, o "Japa", é uma "corrente", um "cordão de energia".

                   Mala é uma palavra de vários significados em sânscrito, porém neste caso, ela quer dizer, apenas, "cordão de contas".

                   Temos então duas correntes, uma espiritual, "Japa" e outra material, "Mala". Assim, as energias espirituais invocadas "Japa", energizam o "Mala".

Geralmente, o "mala", utilizado para o "japa", "murmurar", contém 108 contas.

Um Mala pode conter contas que também formam divisões de 108, de modo que o mesmo cálculo possa ser mantido. Chegar ao "Meru", a conta central no mala, mostra que você fez o seu "japa" por 108 vezes. Completar o circuito de 108 mantras é um passo a mais no caminho da elevação espiritual. Cada Volta realizada no "Mala", é um degrau na escada para a união com o éter divino. Um "mala" estimula seu usuário a fazer os "japas" diariamente. A Japamala, mais conhecida no ocidente como rosário de orações, é um objeto antiquíssimo de devoção espiritual, sendo utilizada em muitas culturas e religiões para marcar orações ou mantralizações. Existem de diversos tipos, tamanhos e materiais e podem ter uma quantidade diferente de contas, de acordo com a cultura ou religião. No Hinduísmo ou Budismo se usam com 108 contas, havendo sempre uma conta maior representando a Divindade, ao redor do qual giram as 108 distintas manifestações, retornos ou encarnações. É a diversidade que gira em torno de uma única unidade.

PRÁTICA DEVOCIONAL

                   Fazer japamalas, ou japear, é uma atitude devocional importantíssima para todo o devoto que queira aproximar-se em atitude mística da Divindade, podendo-se consagrar a Japamala ao Bendito Vishnu, a Krishna, a Bendita Mãe Divina, ao Cristo, ou simplesmente a Deus, se assim preferir. Fazer Japamalas é adorar a divindade, é humilhar-se, é morrer em si mesmo, ou seja, em nossos defeitos e em nossa parte humana e com isso nascer para o espiritual, para nossa parte divina, desenvolvendo com isso virtudes, dons, talentos de Deus, dons espirituais que florescem no jardim de nossa bendita alma. Deve-se fazer muita Japamala, muitas vezes ao dia, todos os dias, se é que queremos avançar no caminho devocional.

COMO FAZER

                   Segure a Japamala com uma das mãos e com o dedo polegar vá girando as pequenas contas conforme for fazendo tuas orações ou repetições de mantrans sagrados, ou seja, segure a primeira conta com o polegar e faça tua primeira oração, quando terminar puxe a segunda conta e continue tuas orações, continuando assim até o final, isto é, até completar as 108 contas. Neste momento é importante não passar por cima da conta principal, ou seja, a conta que representa a Divindade, pode-se dar um beijo nesta conta, demonstrando adoração e devoção e depois se deve virar a Japamala e continuar as repetições ao contrário, quantas vezes quiser, mas sempre que chegar na conta principal deve-se retornar e jamais passar por cima.

COMO ORAR

                   O mais importante da oração é a devoção, pois esta sai do coração e não da mente, já que orações repetitivas apenas de forma mental não tem valor algum. Então a primeira coisa que se deve fazer é ter uma atitude espiritual, santa, devotada, em profunda gratidão e adoração a Deus. Se você tem simpatia pelo oriente use mantrans indianos como o “Hare Krishna”, “On Namah Shivaya”, ou ainda mantrans Tibetanos como “Om Tare Tutare Ture Sohá” ou ainda “OM MANI PÉME HUNG” ou escolha algum mantram devocional ou pequena oração de sua preferência. Caso tenha mais simpatia pelo CRISTIANISMO pode-se também, com a mesma eficácia, usar: “CRISTO BENDITO, CRISTO AMADO, CRISTO SANTÍSSIMO, AJUDA-ME, CURA-ME, PURIFICA-ME”. Lembre-se de que Vishnu, Krishna, Cristo, Logos Solar, etc. são nomes da mesma divindade. Estas práticas devem ser feitas muitas vezes ao dia, em casa, no trabalho, na escola, no ônibus, se puder faça em voz alta, caso contrário, faça mentalmente, mas sempre buscando uma atitude espiritual e devocional, não se esqueça. NAMASTÊ!
(Material pesquisado em várias literatura e adaptado para o blog)
Postado por: Yoguin Paulo Albuquerque

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